Laminados com EVA ou PVB? Qual escolher?

Entenda as vantagens e desvantagens de cada um desses produtos utilizados como intercaladores (interlayer) em vidros laminados.

Em setembro de 2016, as três multinacionais que atuam na importação de Polivinil Butiral no Brasil (Kuraray, Eastman e Sekisui), com apoio da Associação das Indústrias Automáticas do Vidro (Abividro), obtiveram redução na alíquota do Imposto de Importação de Polivinil Butiral (PVB), utilizado na fabricação de vidros laminados.

Também utilizado na produção de vidros laminados, o Etil-vinil-acetato (EVA), apesar de também não ser produzido no Brasil, não recebeu a mesma redução no custo de importação. Devido a esse fato, a diferença de preços entre os dois produtos, que era mais vantajosa ao EVA, foi reduzida.

Essa “mexida” no mercado separou os dois produtos da seguinte forma:

– Para produção de grandes volumes para fachadas ou grandes peças transparentes ou opacas para as vidraçarias estocarem e cortarem conforme a demanda, os laminados com PVB possuem preço mais competitivo devido à alta produtividade das linhas automatizadas de produção. Além disso o produto é tradicional e conta com a confiança dos profissionais da construção civil.

– Para produção de pequenas quantidades, laminados de temperados, multilaminados, resistente a balas, pisos e degraus, laminados coloridos e vidros dotados de elementos internos, os laminados com EVA levam vantagem pelo seu sistema versátil e econômico de produção, que permite que a peça seja produzida já na medida em será utilizada na obra.

Qualidade

No exterior o EVA é utilizado há mais de 20 anos, inclusive em coletores fotovoltaicos, produtos que são expostos nas coberturas por mais de 15 anos sob severas temperaturas sem apresentar delaminação.

Existem EVAs específicos para cada tipo de aplicação. Inclusive EVAs mais baratos somente para aplicações internas. O que acontece no Brasil é que alguns importadores, por desconhecimento do produto ou com má intenção, trazem esses EVAs inferiores para aplicações internas e os vendem para aplicações externas. Geralmente eles não possuem bom nível de transparência e podem delaminar com o tempo. Também não possuem boa transparência, principalmente na laminação de vidros temperados.

Por causa desse risco é importante que o fornecedor de EVAs seja idôneo e que conheça bem o mercado de vidros. Dê preferência aos que possuem um longo histórico no mercado, como é o caso da Vetro Máquinas.

Outras vantagens

Tanto o EVA quanto o PVB barram a radiação ultravioleta, que provoca a descoloração de móveis e tecidos. O PVB um pouco mais – porém, não é uma diferença significativa. O EVA, por sua vez, é mais resistente à água que o PVB, por isso pode ser utilizado em locais úmidos sem problemas, inclusive em bordas infinitas de piscinas.

A versatilidade da produção com EVA permite a inclusão artística de elementos entre as chapas de vidro, tais como papéis de parede, tecidos, fotografias e folhas.

Outra vantagem do EVA é que não há a necessidade de uma sala climatizada para manipulação do material e o espaço que o processo ocupa é muito menor que o de uma linha de produção com PVB.

Baixo custo de produção

Wagner Hubmann, gerente técnico da Vetro Máquinas, que representa várias linhas da empresa espanhola Pujol no Brasil, diz que estão preparados para atender qualquer necessidade de produção, com investimentos que partem de  20 mil euros. “Para quem quer iniciar a laminação de peças, inclusive peças temperadas temos a linha de Fornos LAM-PRO, com baixo investimento e grande versatilidade”, explica.

A Pujol produz fornos desde o mais simples com uma única gaveta a linhas automáticas que podem trabalhar tanto EVA como PVB, sem a necessidade de sala climatizada e autoclave, utilizando o PVB de mercado.

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